Quando se fala em relacionamento interpessoal no mercado de trabalho, muitas pessoas acham que apenas a gentileza nas relações sociais é o bastante. Mas enganam-se bastante! Se fosse uma qualidade do indivíduo, o relacionamento interpessoal estaria entre os valores mais nobres, tais como o senso de ética, a honestidade (principalmente para consigo mesmo) e até o mesmo o “bom testemunho” (não se trata de religiosidade, mas de praticar o que pensamos).
O ser humano é um ser social, por excelência. Lembremos agora do título de um romance de Hermam Hesse, que traduz bem o que somos: “Ninguém é uma Ilha”. Isso é a mais pura verdade: embora a contemporaneidade tente nos impor que o individualismo e o “cultivo da solidão” são nossas marcas mais patentes, cada vez mais as corporações caminham na direção contrária. Ou seja, ficará de fora do mercado de trabalho aquele profissional que não entender de uma vez que é sua obrigação manter serenidade nas relações interpessoais.
Nas empresas, lidamos com pessoas diuturnamente, muitas vezes com interesses diversos, apesar de se buscar o “bem comum”. O relacionamento interpessoal é uma das engrenagens mais importante para a “saúde” de um grupo de trabalhadores, independentemente do nível intelectual exigido pelas atribuições laborativas. Afinal de contas, quantas pessoas que você conhece adoecem por ter enfrentado “dias de cão” no trabalho?
Isso não significa dizer que o patronato é o responsável direto pelo bom convívio entre os colaboradores. Trata-se de uma rotina educativa que deve ser buscada por cada funcionário. Assim como trazemos valores positivos do nosso lar para o mundo exterior, também necessitamos aprimorar a cultura da boa convivência no trabalho.
Se uma pesquisa for feita a este respeito, será constatado o óbvio: profissionais bem entrosados são mais produtivos e tendem a valorizar ou promover melhor a marca da empresa.
Relacionamentos saudáveis em uma empresa extrapolam aquelas boas amizades existentes em grupos isolados (“panelinhas”). A busca por convivência e não por competição deve ser a tônica desse ambiente. Isso inclui, por exemplo, evitar conflitos e evitar se prolongar em determinados assuntos para os quais existe uma resistência muito forte.
Para encerrar, precisamos lembrar que um ambiente de convivência deve estar livre de preconceitos. Se um colega é de uma opção sexual diferente da sua, não entre em “choque cultural” com ele. Se outro é ateu e você possui algum tipo de religiosidade, saiba que os opostos podem se atrair e isso até enriquecerá a ambos. O importante no relacionamento interpessoal é sempre acreditar no ser humano, respeitar seus limites e promover uma filosofia de paz, mesmo em meio a interesses aparentemente tão conflitantes.
Por Alberto Vicente
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