Após um crescimento considerável em 2021, o setor de roupas e tecidos tem passado por um ano complicado no Brasil. Entre os meses de janeiro e outubro de 2022 a produção da indústria têxtil passou por uma queda de 12,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em relação à queda da fabricação de vestuários, a queda foi de 7,4%. O estado de Minas Gerais é um dos que mais abriga empresas do setor, cerca de 13% destas estão localizadas no estado em questão.
As quedas sofridas pelo setor possuem explicações e motivos explicados pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). De acordo com o que foi explicado por Fernando Valente Pimentel, um dos grandes motivos para a situação ter ocorrido vem do fato de que o custo com a produção passou por um aumento considerável nos últimos tempos. O presidente da Associação destacou que no mês de junho ocorreu um aumento em relação ao algodão, que atingiu o seu maior valor registrado nos últimos anos. Agora o produto passou por uma queda, mas continua ainda relativamente mais caro do que no mesmo período antes da pandemia.
Os motivos pela qual ocorreu este aumento em relação a matéria-prima ocorreu variam muito e possuem várias raízes. Os juros altos no Brasil podem explicar um pouco desta situação, mas também devido ao fato de que a China passou pelo lockdown que afetou suas produções, e como o país é um dos maiores fornecedores de algodão para o setor, os efeitos foram muito intensos.
Agora, devido a estes resultados, as exportações brasileiras de tecidos e de confecções devem passar por um final de ano de queda, em até 3,5%, de acordo com uma projeção que foi feita pela Abit. As importações de roupas, por outro lado, podem passar por um crescimento de 35% neste ano. O destaque neste sentido é notado na compra de meias e de luvas.
O presidente da Abit ainda ressaltou que o Varejo, ao que tudo indica, terminará o ano de 2022 no positivo. Mas apesar disso, há um enfrentamento de dificuldades. De acordo com o mesmo, o setor ainda precisará investir pelo menos R$10 bilhões por ano em maquinário e modernização para que consiga crescer. Além disso, ele reforça a necessidade de que haja maior exportação e investir par que o setor não acabe ficando obsoleto, mas que isso ainda depende muito do crescimento da economia para acontecer de fato.
Mesmo com um ano difícil, o setor de tecidos ao longo do ano abriu diversos postos de trabalho e o saldo de contratações de acordo com o levantamento feito será positivo no ano de 2022. Por mais que este resultado pareça contraditório, isso se dá pelo fato de que as empresas começaram a se recuperar, e com isso precisaram contratar mais mão de obra para suprir estas necessidades e demandas.
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